Campina Grande, no agreste da Paraíba, ostenta com orgulho o título de “o maior São João do mundo”. E não é exagero: a cada edição, a cidade consegue se superar, transformando tradição em espetáculo e atraindo turistas de todas as regiões. Em 2023, a festa completou 40 anos de história e mostrou que não perdeu o fôlego — pelo contrário, ganhou ainda mais força, diversidade cultural e reconhecimento nacional.
Tradição que emociona
Quem é de Campina sabe: o São João não é só festa, é identidade. Para os moradores, a expectativa começa semanas antes. É o friozinho típico, o cheiro de milho cozido, canjica e churrasquinho no ar, a fumaça das barracas e as bandeirinhas coloridas balançando no Parque do Povo. É impossível não se arrepiar quando os primeiros acordes do forró começam a ecoar.
Estrutura grandiosa e recordes
O evento cresceu de uma palhoça improvisada em 1983 para ocupar hoje 42 mil m² de área. Só no primeiro fim de semana de 2023, o espaço já estava lotado com 57 mil pessoas — número que mostra a dimensão do que virou o São João.
Além dos grandes shows, como os de Wesley Safadão, Elba Ramalho, Juliette, Geraldo Azevedo e Chico César, a festa ainda bateu recordes curiosos: o maior bolo de milho do mundo (45 metros e 653,6 kg) e o maior quadrilhão já registrado, com mais de mil pares dançando juntos.

Experiência inesquecível para turistas
Quem visita Campina Grande pela primeira vez se encanta. A cidade inteira entra no clima: ruas decoradas, cenários temáticos, vários palcos espalhados e programação para todas as idades. O São João não se limita ao Parque do Povo — ele respira em cada esquina, das barracas tradicionais às “palhoças” modernas com forró pé de serra e piseiro.
Impacto econômico e cultural
Em 2023, a expectativa era receber 2,3 milhões de visitantes durante todo o período junino, gerando mais de R$ 500 milhões em negócios e 4 mil empregos diretos e indiretos. Mas, para além dos números, a festa reafirma a força da cultura nordestina e coloca Campina Grande como um dos destinos mais buscados do Brasil no mês de junho.
Desafios e futuro do São João
Com tanta gente, também surgem discussões. Muitos campinenses sentem falta de um formato mais popular, já que os camarotes e áreas VIP ocupam grande parte do espaço. Há quem defenda que o evento precise de um novo local, maior, mas sem perder sua essência.
Enquanto isso, a Prefeitura investe em polos descentralizados e alternativas para equilibrar tradição e modernidade.
No palco ou nas ruas, uma coisa é certa: o São João de Campina Grande segue gigante, apaixonante e único. Uma festa que não só celebra a cultura nordestina, mas que também emociona todo brasileiro que tem a chance de viver essa experiência.